Formiga se despede dos Jogos Olímpicos

Formiga se despede dos Jogos Olímpicos

Na Arena Corinthians, craque faz sua última partida em Jogos Olímpicos

Brasil x Colômbia - Pan 2015 Brasil x Colômbia - Pan 2015
Créditos: Rafael Ribeiro / CBF

21 de julho de 1996. Foi neste dia que, no Robert Francis Kennedy Memorial Stadium, a Seleção Brasileira começou a escrever sua história olímpica no futebol feminino. Com apenas 18 anos, uma das 11 titulares chamava a atenção no meio-campo. Mais nova do grupo, Formiga fez a primeira de suas 29 partidas pela Seleção Brasileira em Jogos Olímpicos. Em São Paulo, na Arena Corinthians, 20 anos e 29 dias depois, a eterna camisa 8 do Brasil se despediu dos Jogos Olímpicos contra o Canadá.

É praticamente impossível falar de futebol feminino brasileiro e mundial sem citar Formiga. Ao longo de sua vitoriosa carreira, se tornou uma das jogadoras mais importantes do mundo. É a única atleta a jogar todas as seis competições olímpicas de futebol feminino. Ao todo, conquistou duas medalhas de prata (Atenas 2004 e Pequim 2008), três títulos do Pan-Americano (2003, 2007 e 2015), dois campeonatos Sul-Americanos (2010 e 2014), além de um vice-campeonato Mundial (2007) e três títulos da Copa Libertadores da América (2011, 2013 e 2014).

A carreira olímpica da jogadora transcende o futebol. Ao ver Formiga encerrar sua participação nos Jogos Rio 2016, nesta sexta-feira (19), o Brasil se despediu de uma das maiores atletas olímpicas de sua história, não só em número de competições, jogos, mas de disciplina, dedicação e espírito olímpico. Só outros dois conseguiram participar de seis Olimpíadas em esportes coletivos: a russa Evgenia Artamonova Estes, do vôlei, e o espanhol Manuel Estiarte, do polo aquático.

A grandeza de Formiga não se restringe ao seu número de partidas, aos seus títulos ou ao seu talento. Com a camisa da Seleção, Formiga mostrou, por mais de 20 anos, que um sonho era possível. Foi exemplo para cada garota que compartilhava com ela a paixão pelo futebol. Sua história é parecida com a de muitas meninas que ignoram os preconceitos, que jogam para escanteio as determinações por sexo, que derramam até a última gota de suor por um objetivo: jogar bola. E foi com muita dedicação e técnica que Formiga jogou por todos esses anos.

De meiões arriados e cabeça em pé, Miraildes Maciel Mota foi símbolo de que meninas podem se tornar jogadoras de futebol, com uma carreira de sucesso, respeitada em todo o mundo. Que cada uma das brasileiras que sonham em jogar futebol não se esqueçam de Formiga. Quando alguém duvidar de sua capacidade, quando disserem que o futebol não é para você, lembre-se de Formiga.

Recorde-se como, dentro de campo, não há bola nem jogo perdido para ela. Como, fora dele, desistir nunca é uma opção. Hoje, o Brasil lutou pelo bronze na Arena Corinthians. Mas, mais do que isso, escreveu um capítulo final digno para a carreira olímpica de Formiga. O futebol feminino só tem a agradecer a ela pelos serviços prestados. E nós, brasileiros e brasileiras, jamais poderemos retribuí-la suficientemente por tudo que fez pelo nosso futebol.

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