Abençoado: Neymar, o camisa 10 e capitão destinado a brilhar

Abençoado: Neymar, o camisa 10 e capitão destinado a brilhar

Tatuagem dá bem o tom da carreira e da vida do craque que, aos 23 anos, quebra recordes e encanta o mundo

Neymar Jr ''Blessed'' abençoado

Neymar Jr ''Blessed'' abençoado

Créditos: Rafael Ribeiro / CBF

Neymar Jr ''Blessed'' abençoado

Neymar Jr ''Blessed'' abençoado

Créditos: Rafael Ribeiro / CBF

Brasil x França - Stade de France

Brasil x França - Stade de France

Créditos: Rafael Ribeiro / CBF

A tatuagem nas costas, escrita em Inglês, dá bem o tom do que tem sido a vida de Neymar. Ele é de verdade uma pessoa abençoada. Desde menino, quando começou nas seleções de base, o camisa 10 já mostrava algo diferente, já sinalizava que ali estava um jogador destinado a brilhar. Nada poderia detê-lo.

Neymar fez 19 anos em 2011, na campanha da conquista do Sul-Americano Sub-20, quando foi no time que tinha Oscar e Danilo – também do atual grupo - o destaque, craque e artilheiro da competição, com nove gols.

Titular no Santos, passou a desequilibrar os jogos e deixar intrigados torcedores e críticos sobre como um garoto tão franzino conseguia fazer dos marcadores o que bem entendia.

O tempo foi passando, e Neymar, melhorando. Amadureceu, tornou-se ídolo de um dos maiores clubes do mundo, o Barcelona, e manteve na Seleção Brasileira a trajetória ascendente, de sucesso. 

Campeão da Copa das Confederações em 2013, esperança de milhões de brasileiros em 2014, Neymar foi posto fora de combate atingido pelo colombiano Zuniga. Não pôde ajudar o Brasil contra a Alemanha, sofreu fora de campo e viu o sonho de ser hexacampeão mundial em casa ir embora.

Dunga assumiu a Seleção e teve uma ideia brilhante - entregou a braçadeira de capitão ao garoto. O técnico sabia que Neymar ia encarnar o espírito que a função exige e, mais do que isso, assumir por completo a reponsabilidade.

Não deu outra. Do garoto que se sentava à mesa de refeições com o olhar admirado para os ídolos Ronaldinho Gaúcho e Robinho, passou a ocupar a cabeceira. Mostrou, simbolicamente, com o gesto, que ali estava o novo capitão.

Neymar ganhou mais confiança, passou a entrar em campo cada vez mais ousado, e ficou difícil para os marcadores pará-lo. Sua fama ganhou o mundo, atrai a atenção de fãs em todos os cantos, até mesmo de famosos como Thierry Henry, o campeão do mundo francês de 1998, que ficou à sua espera na porta do vestiário do Brasil, no Stade de France, para receber uma camisa de presente e bater papo com o camisa 10.

Neymar mudou, para muito melhor. Só não mudou o jeito simples, despojado de vaidade, sem máscara alguma, que seu prestígio poderia sugerir. Ele não “canta marra", não promete gol, não dá declaração desrespeitando adversário, não provoca os marcadores.

Ele só quer uma coisa: entrar em campo e marcar gols para ajudar o Brasil a vencer.

Não importa nem mesmo a quantidade de gols. A marca que igualou neste jogo contra a França – passou a ter os mesmos 43 gols que Jairzinho e Rivelino - não o faz se sentir vaidoso ou mais alegre do que o habitual. E não foi por desdenhar ou não se importar com o que acabara de fazer.

- Fico feliz em saber que tenho tantos gols quanto esses jogadores consagrados. Mas, sinceramente, não entro em campo com este objetivo. Penso somente em marcar gols e ajudar meus companheiros a conseguir mais uma vitória para a Seleção Brasileira.

Este é Neymar. Abençoado, como na tatuagem que carrega às costas.

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