Ex-lateral conta ao site da CBF o que pensou no momento antecedente ao gol que abriu o caminho para a goleada no segundo jogo e relembra histórias da Copa
Alguns lances marcam tanto no futebol quanto conquistas. O gol de Roberto Carlos pela Seleção Brasileira diante da China, na segunda rodada da Copa do Mundo FIFA 2002, é um desses. Ao relembrar a campanha do Brasil no Mundial da Coreia e Japão, o torcedor certamente se recorda da bomba que saiu do pé esquerdo do então lateral na cobrança de falta aos 14 minutos do primeiro tempo, que completa 15 anos nesta quinta-feira (8).
Em entrevista ao site da CBF para a série especial #Penta15anos, o camisa 6 daquele Mundial falou sobre as lembranças da campanha e o sabor da conquista histórica. Ao recordar o lance do gol, que abriu o caminho para a vitória do Brasil por 4 a 0, Roberto Carlos revela uma combinação feita com dois grandes companheiros com o objetivo de deixar dificultar para o goleiro adversário.
– Eu, o Ronaldinho e o Rivaldo nos posicionamos próximos da bola para deixar uma dúvida no goleiro. Eram dois batedores, um canhoto e um destro, com especialidades em faltas colocadas, e eu, que tinha a característica de bater forte. Antes da cobrança pensei em combinar com o Ronaldinho para ele rolar para fora e eu chegar chutando, mas aí vi o posicionamento do goleiro e decidi arriscar. Bati em cheio, na cara da bola e pude fazer um bonito gol. Está entre um dos meus lances mais bonitos daquela Copa – afirmou.
Não só o gol contra a China, mas todos os momentos da conquista seguem presentes da memória de Roberto Carlos. O ex-jogador não esconde a alegria por saber que tem o nome marcado para sempre na história da Seleção Brasileira e afirma que o pentacampeonato é o auge da sua vitoriosa carreira.
– Com certeza, não só eu, mas qualquer outro jogador que atuou naquela Copa fica relembrando os momentos. É inevitável. Não dá para explicar. É indescritível marcar o nome na história do futebol com a camisa do seu próprio país. Vencer uma Copa é o ápice para qualquer jogador – acrescentou.
Roberto Carlos disputou as Copas de 1998, 2002 e 2006, sendo titular absoluto da posição em todas elas. Na segunda, o ex-lateral chegou como vice-campeão. O craque, por sua vez, afirma que deixou o insucesso totalmente para trás antes de disputar o Mundial da Coreia e Japão e define a conquista.
– Não entrei no Mundial com o pensamento de revanche. Entrei com o objetivo de ser campeão do mundo pelo meu próprio país e consegui. Foi um sonho realizado. Sinto que a minha carreira foi completa como jogador – finalizou.
O especial #Penta15anos vai relembrar a conquista jogo a jogo na visão de personagens da campanha. A próxima matéria vai ao ar na terça-feira (13), data do terceiro jogo da Seleção Brasileira no Mundial, contra a Costa Rica. Fique ligado!
VEJA MAIS